sábado, abril 01, 2006

Voltando para casa de Carona

Sábado. Começou o período maluco do Spring Break. O Parque começa a fechar mais tarde. Hoje fechou as 9 PM, mas o meu team lead me pediu para ficar a ajudar a fazer algumas outras atividades, como checar os lockers e levar as coisas perdidas para o "lost and found". Na saída encontrei uns amigos americanos e fiquei converando. Quando finalmente decidi ir embora vejo o ônibus passando (mal sabia eu que aquele era o último).

Fiquei mais de uma hora e vinte esperando o próximo ônibus passar. Quando cansei, resolvi ligar para o flávio e pedir para ele me buscar, já era mais de 23:30pm. Começo a fazer a ligação e o telefone me pede 50 centavos. Vou colocando todas as moedinhas que tenho e ainda fica faltando 10 centavos. A cena foi muito engraçada, eu segurando o telefone com uma mão e pedindo 10 centavos com a outra para as pessoas que estavam passando por perto. Como ninguém me deu... resolvi ir até as pessoas que estavam um pouco mais longe.

Finalmente com os meus 50 centavos, consigo ligar para o Flávio que estava usando a internet, ou seja, telefone mudo. Espero um tempo e tento ligar de novo. Mesma coisa. Enfim.. cansado de tentar ligar, volto para o ponto de ônibus, agora um outro mais para frente onde tinha uma garota esperando o mesmo ônibus. Logo que a vi pensei, "ótimo, se ela está aqui é porque sabe que está vindo um busão logo né!". Para minha surpresa, a primeira pergunta que a garota faz para mim é a que horas o próximo ônibus vai passar?

Pronto! Dois perdidos no mesmo ponto de ônibus. Já era quase meia-noite e cada vez mais o trânsito e a esperança de passar um ônibus iam diminuindo. Resolvi novamente ligar para o Flávio, o meu celular não funcionava e o telefone público já estava longe demais para voltar. Fui até o Papa Jones (uma pizzaria) e pedi o telefone emprestado para fazer uma ligação. A galera gente boa me emprestou o telefone sem problema, mas o Flávio ainda estava na internet.

Passou um bêbado e a garota começou a conversar com ele. Por sorte ele tinha um schedule do nosso tão esperado ônibus e assim descobrimos que já não tinha mais ónibus naquela noite. E aquele ônibus que vira passar era realmente o último. Como esse era só o primeiro dos dois ônibus que tenho que pegar para voltar para casa.

Resolvi apelar para a Carona. Já não tinha outra opção. Já era 0:20h (meia noite e vinte) e comecei a pedir carona na estrada. Passaram vários carros até que um parou e disse assim: "entra aí". O cara nem quis saber para onde eu ia para saber se poderia me dar carona ou não, simplesmente mandou eu entrar, perguntou para onde eu ia e disse que ia me deixar em casa.

No início fiquei meio receioso, mas realmente não tinha outra opção a não ser aceitar e fui.
Começamos a conversar sobre vários assuntos e assim disse que era brasileiro. Logo em seguida começamos a falar sobre Futebol (ele gostava muito) e fez várias perguntas sobre o esporte (que era um de seus preferidos). A pequena viagem foi tranquila e tudo deu certo Graças a Deus. Mas a verdade é que nunca esquecerei a carana que aquele paquistanês me deu naquela noite.

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